sexta-feira, maio 31, 2013

Elegancia é fundamental

Li esse texto no Vila Mamífera, gostei bastante e quero compartilhar.


Elegância é fundamental!

Quando uma mulher gesta, parece que todos a sua volta gestam também. Gestam a expectativa da chegada desse bebê,e por isso é muito normal que todos queiram visitar o novo membro da família o quanto antes!
A expectativa é tão grande que muitas vezes, sem querer até, os amigos e familiares pressionam para a chegada desse bebê.
Telefonemas, emails e recados pelas redes sociais são bem comuns: “E aí? Nada desse bebê nascer? Vai passar da hora hein?”. “Quando chega o bebê?”. “Me avisa quando você for ao hospital???”.
Pessoal!!!! Deixem essa mulher gestar em paz! O bebê virá na hora que tiver que vir! É óbvio que não dá pra avisar todo mundo que pede o momento que a mulher está de saída para o hospital. Primeiro porque se ela estiver mesmo em trabalho de parto ela nem vai lembrar da sua existência. Segundo, porque é um momento íntimo. Todo mundo que vai fazer sexo, para tentar engravidar avisa os amigos e familiares? “Mãe, pai, amiga! Estou indo ali, dar uma transadinha com o fulano para tentar engravidar!”. Parto é a mesma coisa. Não peça e não espere ser avisado.
Bom. O momento do bebê nascer se aproxima, e por acaso, alguém mais íntimo da família deixou escapar que a mulher está em trabalho de parto. Não tem coisa mais desagradável do que um telefone tocando insistentemente nesse momento. Se você ficou sabendo que essa mulher está em trabalho de parto, o que você tem a fazer é NÃO ligar, NÃO aparecer na casa dessa família ou no hospital. Cada trabalho de parto é um, alguns levam muuuuuuuuuuuitas horas e você não poderá ajudar ou antecipar esse nascimento. É um momento íntimo da mulher (ou do casal) e, no máximo, da equipe que esse casal contratou. Por mais que você seja um (a) amigo (a) íntimo (a) pode ter certeza que sua presença não será bem vinda.
O período pós-parto  é um período tão delicado quanto o período que antecede o parto. Mãe e bebê estão se conhecendo, estão se adaptando a uma nova rotina. É um período difícil, onde muitas vezes a mãe precisa se recuperar ou de um intenso trabalho de parto, ou de uma cirurgia. Além disso é o período onde se estabelecerá o vínculo, mãe-bebê, pai-bebê (se houver) e a amamentação. E amamentar para a maioria das mulheres não é fácil, não é simples. Além disso até que o bebê estabeleça uma rotina de sono, essa mãe provavelmente estará sem dormir direito, estafada e a ultima coisa que ela deseja será fazer sala para visitas.
O papel do pai, ou de alguém que esteja próximo à essa mulher (mãe, amiga, irmã), é muito importante para estabelecer regras e limites para as visitas. Por tanto, pai, avó, irmã, cunhada, amiga: não sintam-se constrangidos em barrar uma visita se essa chegou sem avisar e fora de hora!
Para não cometer nenhuma gafe, leia abaixo algumas regras de etiqueta que a Dra Melania Amorim (obstetra, ginecologista e mãe do André e do Joaquim), a Renata Olah (Doula) e eu preparamos:
1 – Se a mãe DESEJAR visitas na maternidade, aproveite esse momento para visitá-la, pois no hospital ela e o bebê estarão sob cuidados da equipe médica e o local terá estrutura suficiente para receber bem as visitas, o que pode não ser uma realidade na residência da gestante. Entretanto, no hospital, não visitem no primeiro dia!! Se o trabalho de parto foi longo e ela ficou a noite inteira sem dormir, ela precisará descansar.
Caso você não faça a visita na maternidade, então ESPERE!!!
Os primeiros dias pós-parto são desgastantes, e a mãe além de cansada certamente estará sentindo alguns desconfortos…
Por isso segure a sua ansiedade, e em torno de 15 a 30 DIAS pós-parto ligue para combinar a sua visita. Após esse período a família estará mais organizada e calma para te receber.
2 - NUNCA, mas NUNCA MESMO, chegue sem avisar (mesmo sendo mãe ou sogra da mulher). O pós-parto é um período em que a mãe deve se dedicar exclusivamente ao seu bebê e ao seu bem-estar. Por isso, se você aparecer do nada pode acabar encontrando uma mulher descabelada, desarrumada, às voltas com cuidados com o bebê ou então dormindo!!!
3 - SEMPRE ligue para combinar um horário.
Casa com bebê novinho não tem horários fixos, e a sua visita deve ser o conveniente para mãe e bebê, e não para você.
CHEGUE NO HORÁRIO COMBINADO, não se atrase nem se antecipe.
4 - NÃO PEÇA PARA PEGAR NO BEBÊ. Além de você estar trazendo os germes da rua, o que pode preocupar algumas (várias) mães, você corre o risco de ela dizer “não” (com toda a razão) e você ficar sem graça. Também não toque ou beije o bebê, pelo mesmo motivo.
5 - SE a mãe permitir e você for segurar o bebê, lave bem as mãos. Isso a deixará bem mais tranquila!
6- NÃO queira acordar o bebê, e tampouco “esticar” a visita até que ele acorde, o que pode prolongá-la indefinidamente e impacientar a mãe. A prioridade é o conforto do bebê, que deve dormir sossegadamente…
7 – NÃO se preocupe em dar presentes para o bebê. Na visita pós-parto, vale mais levar alguma refeição ou lanche, do que presentes. Mas se isso for muito importante para você, então opte porpresentes úteis e se possível, que a mãe vá usar logo!
8- Se estiver doente, NÃO visite. Acho que dispensa explicações!!
9- Pergunte se ela está precisando de alguma coisa. Se não sabe o que fazer numa visita pós-parto, veja então se a mãe está precisando de alguma ajuda com a casa. Lavar uma louça, varrer a sala, ficar de olho no bebê enquanto ela toma um banho gostoso…
10- NÃO julgue! Lembre-se a nova família está em adaptação, se conhecendo ainda… e mesmo que seja tudo muito recente, NÃO interfira na rotina que a família estabeleceu… nem fale sobre a sua experiência sem que alguém tenha te perguntado. Isso é desagradável. Além disso, cada família tem seu modo de agir…Portanto, deixe seus palpites, histórias negativas e qualquer outro tipo de comentário na porta de entrada. Cada casal cuida do seu bebê da forma que bem entendem, e ninguém tem nada a ver com isso!!!
11- Lembre-se…. bebês mamam! E nem toda mãe se sente confortável em dar de mamar na frente dos outros. Antes de ser mãe ela não expunha seus seios para os amigos… porque deveria fazer isso agora??? Talvez seja uma boa hora para encerrar a visita… ou então não se sinta mal, se a mãe se ausentar para dar de mamar.
12 – A visita deve ser CURTA, no máximo 30 minutos, a menos que expressamente a mãe convide você para ficar. Não fique esperando que a mãe te dê o máximo de atenção. Agora ela não está em momento de fazer “social”. Deixe para por o papo e colocar as novidades em dia em outra ocasião. Prolongar a visita irá interferir na rotina da casa e perturbar os cuidados com o bebê.
13 – Nunca dê conselhos para a mãe. Se ela quiser ela pedirá. Não é porque você já tem 10 filhos que você saberá o que é melhor para aquela mãe e aquele bebê!
14 – Nunca, em hipótese alguma, diga para a mãe darmamadeira com leite artificial. A mensagem que você passa para ela é que o leite dela é fraco e ela não é capaz de amamentar. Tenha certeza que essa mulher irá nutrir por você um sentimento nada bom pro resto da vida dela. Se quer ajudar, fale para ela procurar ajuda de uma especialista em amamentação, ou para procurar ajuda no banco de leite mais próximo dela.
15 – Se a mulher foi submetida a uma cesárea, está debilitada. Não visite a menos que seja para ajudar nos afazeres domésticos, cuidar da roupa e da comida para que ela possa se recuperar mais rapidamente.
E não esqueçam do maaaaaaaaaaaaaais importante: o pós-parto é um momento de grandes alterações físicas, hormonais, emocionais, sociais. A mulher precisa se sentir bem e descansada para produzir leite adequadamente. Então, DÊ UM TEMPO para ela!! NÃO A ESTRESSE!! 
A máxima do pós-parto é: SE NÃO FOR AJUDAR, NÃO ATRAPALHE!!
E você? Tem alguma dica? Envie para mulheresempoderadas@yahoo.com.br
Beijos
Gisele Leal
Fonte: http://vilamamifera.com/mulheresempoderadas/elegancia-e-fundamental/

Sobre o autor

Bióloga, Doula, Orientadora Peri-natal, ativista pela humanização do parto, mãe de 3 e gestando o bb4 :D
Sou Bióloga, formada pela Puc Campinas em 1997. Minha primeira filha, Beatriz, nasceu em 1998, e m 2007 nasceu o Arthur ambos de prováveis cesáreas desnecessárias. Em 2010 me vi grávida novamente, e inconformada com a notícia de que teria que agendar minha cesárea. Busquei informações, me preparei, me empoderei e assim, nasceu Catharina de um parto natural maravilhoso após 2 cesáreas, após 42 horas de bolsa rota e com parteira e doula num hospital em São Paulo. A experiência do parto mudou minha vida. Em apenas um mês do nascimento da Catharina escrevi um livro e publiquei o blog Mulheres Empoderadas. Menos de um ano após, larguei carreira de 14 anos na indústria onde eu atuava como gerente de qualidade, e vivia dividida entre as pontes aéreas e viagens internacionais e minha família. Então me capacitei como Doula pela ANDO – Associação Nacional de Doulas em abril de 2011, embora já acompanhasse eventualmente a gestação e parto de amigas e primas desde Outubro/2010, tamanha era a minha vontade de estar nesse meio. Ainda em 2011, inconformada com o modelo de assistência obstétrica no nosso país, reuni doulas, parteiras, mães e simpatizantes do movimento de humanização e juntas fundamos o MAHPS – Movimento de Apoio á Humanização do Parto em Sorocaba, elaborei o projeto Doula Social para ser implementado no SUS e comecei a atuar voluntariamente em um hospital público de Sorocaba. Em apenas 14 meses de MAHPS, idealizei e coordenei a organização de 2 encontros voltados à Humanização do Parto e Nascimento e um Encontro Nacional de Parteria Urbana, além de mais de 22 encontros do grupo de apoio à gestantes. Em 2012 fiz o curso de Formação em Parto Ativo com a Janet Balaskas, inglesa, precursora do conceito Parto Ativo e ingressei no curso de Obstetrícia da USP.

quinta-feira, maio 30, 2013

Criação com apego

Teoria do apego no Brasil, o buraco de um desmame infeliz

Durante o último século Melanie Klein, Margareth Mahler e mais alguns pensadores-pesquisadores do comportamento humano descobriram que o bebê era um indivíduo e não merecia ser tratado como objeto, não merecia apanhar ao nascer, nem ser separado da mãe com brutalidade ou educado com violência, mas compreendido em suas necessidades, observado em seus choros, ser atendido de acordo com seu desenvolvimento bio-psíquico-motor. Melanie Klein debruçou-se sobre o bebê e seus desejos, seu sono onírico após receber o aconchego do leite morno, o embalo no colo, que representaria para ele uma espécie de ilusão de volta ao útero, ilusão que bem atendida só traria benefícios a ele.
Margareth Mahler dedicou sua vida a observar o comportamento dos bebês na fase de simbiose - vivida no útero e nos primeiros 3 meses de vida -, e da dessimbiotização a partir dos 3 meses. Perto dos seis meses os bebês observados por ela em 20 anos de pesquisa em settings terapêuticos, já apresentavam uma maior interação com as pessoas e passariam a viver a partir daí crises de diferenciação e separação, até que por volta dos dois anos se tornavam aptos para entenderem-se como seres separados de suas mães, já não vistas como uma espécie de extensão do corpo deles, mas alguém que vai e volta e tem seu próprio corpo. É a fase em que as crianças apontam para o próprio nariz ou o peito e dizem cheias de motivação: eu!

Nos últimos anos releituras nacionais e internacionais mais palatáveis para o senso comum foram introduzidas fazendo surgir um certo enternecimento mamário que aliou-se mal a boas pesquisas antropológicas sobre comportamento humano em tribos ancestrais. Pronto, dessa salada russa nasceu a onda de enaltecer a amamentação desconsiderando a premissa fundamental de que a amamentação de um bebê de até seis meses, quando ainda não se alimenta de outras fontes e portanto deve ser em livre demanda, é igual a de um bebê de 12 meses, já apto para comer a comida da mesa de sua família.
Complexo abordar a importância do desmame sadio, a termo, alegre e bem resolvido em um país em que os índices de desmame precoce são alarmantes, mas negar a importância do desmame em nome do mal feito da precocidade não é uma falta menos grave.

Esse segundo ano de vida do bebê humano civilizado, contracultural, está se tornando um vício oral, uma remissão oral. Não faltam mães gritando que a criança não quer comer, que prefere o peito acima de tudo. Incentivados a mamar 7, 8 vezes ao dia, como um bebê de 6 meses, os bebês que já andam, balbuciam as primeiras palavras e poderiam ser razoavelmente alimentados com leite materno e outras comidas, acabam chegando ao terceiro ano de vida literalmente presos ao peito de sua genitoras como se tivessem poucos meses de vida. Conscientes de seu próprio "eu" aos três anos, o desmame vira um campo de batalha, a criança sabe que é separada da mãe, mas vive a onipotência de exigir os peitos antes e depois das refeições, em qualquer lugar, com ataques de birra e choro desesperado. Vivem os bebês um conflito cultural imposto em nome do afeto e têm a difícil tarefa de decidirem sozinhos intercalar as mamadas, hábito prazeroso que significou para eles a própria sobrevivência durante os primeiros meses após o nascimento, hábito vital para repararem a dor da perda de simbiose absoluta com a mãe no útero.

O principal argumento das aleitadoras a perder de vista é que Sigmund Freud era um idiota e sexualizava o peito, que a amamentação em livre demanda, na hora que a criança pede (?), deve ser mantida porque antigamente nas tribos a criança mamava até 7 anos. Como se amamentar uma criança de 7 anos não fosse manter um grau de simbiose altíssimo, como se os primeiros dois, três anos de vida do bebê não fossem já comprovadamente suficientes para ele compreender que é separado da mãe, apto para a vida sem o leite exclusivo de uma única pessoa no mundo. Como se a entrada na fase de autonomia, entre 2 e 4 anos, não exigisse uma soltura desse laço direto com o leite da mãe, como se o suor, o corpo a corpo, o colo, a atenção real, as brincadeiras, o enxergar e viver ao lado de uma criança maior, não fossem suficientes para acalentá-la e fazer com que se sinta amada o bastante de forma justa e honesta.

As brasileiras conseguem sair de um extremo de desmame precoce, abrupto, com índices vergonhosos, para um problema novíssimo em nome da teoria do apego, que nada mais é do que a manutenção da criança em uma fase que ela já não vive em seu corpo biológico, em sua fase cronológica, em seu direito de ser indivíduo, dependente da mãe e de cuidados exteriores, mas com mais autonomia e atenção outras, até mais complexas em termos de qualidade. A criança maior torna-se, em nome do afeto, refém de uma fonte de alimento que só a mãe pode dar, em uma fase em que pode e desfruta de comer sozinha até com talheres.

E sobre Freud, que nem é a minha praia, ele está sendo muito mal interpretado de qualquer maneira porque amamentação é um ato da sexualidade humana sim, mas isso nem vem ao caso e nem tem nada a ver com bebês tarados e outras sandices. A sexualidade na amamentação tem a ver com prazer de viver, de poder engolir o mundo com a boca, enquanto o mundo só pode ser abocanhando dessa forma e é intenso e deve ser intenso antes que mãos e braços, pés e pernas conquistem outros prazeres. E quantos prazeres adquire uma criança que é livre para isso! E como é importante para ela ir à luta em seu desenvolvimento!

Nem consigo imaginar o grau de submissão que vive uma garota de 6 anos chegando da escola e ao contar para a mãe os problemas com as colegas, ganha como consolo a amamentação! Nem Wilhelm Reich poderia ter adivinhado um bom nome para classificar esse tipo de atenção!

Uma criança para além dos três anos de idade em livre demanda, sem receber ensinamento de que o corpo da mãe não pertence a ela, que ela mesma tem seu próprio corpo e tão capaz, está é recebendo investimento em falta de confiança na sua capacidade emocional de buscar consolos não somente orais, mas também orais, em outras fontes com seus braços e pernas já plenos de movimentos voluntários.

Narcisismo materno, é disso que estamos falando, da mãe que se orgulha de amamentar, de ter leite, de aleitar, sem se importar com a evolução da criança. É uma nova maneira de tratar o bebê como objeto da mãe. É duro para a contracultura atual compreender que o desmame gradual, benigno, alegre, inicia com a introdução do primeiro alimento e que a partir da introdução dos novos alimentos, as mamadas devem ser conduzidas pela mãe com respeito máximo, baseadas em observações da evolução do comportamento da criança e de suas necessidades de acordo com sua maturidade emocional, física e cortical, que é igual em todos os continentes, em todas as etnias.

Segundo as releituras mal feitas e mal aplicadas, o bebê ou criança após os três anos larga o peito espontaneamente. Curioso que esse argumento é usado tanto pelas mães que desmamam precocemente antes do primeiro ano de vida da criança, quanto pelas que defendem que a criança em algum momento de sua vida, que pode ser entre 3 e 7 anos ou mais, vai largar por ter outros interesses. Que peso para uma criança de 4 anos, no final da sua fase de provar aos adultos que está tão apta, ter que pedir permissão para não mamar!

É assim que funciona de fato. A mãe que começa a dar papinhas aos 4 meses e introduz mamadeira tenderá a enfrentar um bebê que perde o interesse pelo peito bem antes de compreender que a mãe e ele são seres separados, o vínculo primário da compreensão corporal-cortical é rompido. Há aí precocidade, sem dúvida, de desmame. Por outro lado, a mãe que não ensina o bebê a dormir, a esperar o peito quando ele já está em fase de alimentar-se com sólidos e usa o peito para 9 entre 10 demandas do bebê por consolo e distrações, quando ele já ruma ao segundo ano de vida, está engambelando um bebê apto a brincar e se relacionar de muitas maneiras com ela e com o mundo. Está mantendo a criança em um vínculo primário de afeto.
Desmamar não é desamar, criar uma criança que se sinta segura e amada, não é nem de longe retê-la ao peito, mas pode ser um jeito fácil de não dar atenção adequada para a idade, para a fase em que a criança está. Mais do que isso, é investir em uma relação manipuladora da criança em relação ao corpo materno, dando a ela uma ilusão de simbiose que já não traz satisfação genuína, mas apenas satisfação de controle sobre o corpo da mãe. Que conflito!

Soma-se a isso a moda retrô obrigatória da cama compartilhada também a perder de vista e aí não basta dormir gostoso, com aconchego, tem que plugar a criança a noite inteira, ensinando-a que dormir e mamar é a mesma coisa. Temos o quadro da dor, uma criança que não foi orientada a dormir e sofre toda vez que surge o desplugue no meio da noite. Levanta a mãe para fazer um xixi básico e toma lá um berro no meio da madrugada de um moleque de 3 anos! 

Lá na pracinha briga a menina de 3 anos com a amiga e corre para receber o peito, enquanto a mãe da amiga apenas limpa e consola a filha, incentivando-a a voltar a brincar porque ela é capaz, porque ela pode escolher entre outros amigos e outros brinquedos. Quem está sendo mais adequadamente amada? Quem está sendo superprotegida e remetida ao ano anterior do desenvolvimento?

Acreditar que oferecer tudo que a criança quer em objetos é tão ruim quando dar a ela a ilusão de que todas as suas frustrações devem ser atendidas pelo peito materno. Se para um bebê de 5 meses, o máximo de consolo para suas frustrações, por ainda não saber ao menos engatinhar, é mamar para receber abastecimento emocional; para o bebê de 24 meses ganhar o peito ao primeiro mimimi, é remetê-lo a uma fase de inteligência emocional que ele já superou.
O que dizer de mães que fazem isso com crianças de 3 anos!? De que buraco de simbiose estamos falando? Da mãe certamente. Quem está com problemas de separação ao amamentar em livre demanda uma criança de 3 anos é a mãe.

E como falar de desmame gradual, se a criança mama aos 3 anos constantemente? Não há desmame gradual sem condução materna porque a mãe é a adulta na relação. A criança precisa ser conduzida a partir da observação de seu comportamento desde a introdução dos alimentos e cabe à mãe observar seu próprio comportamento de apego ao poder de amamentar.
O desejo genuíno de autonomia de uma criança aparece em muitas atitudes a partir dos 18 meses, mais cedo ou mais tarde ela vai levar e trazer objetos para o colo da mãe demonstrando o quanto está apta, vai exigir diversões, pedir para passear, brincar e pode ser cômodo remetê-la ao peito, na base do toma aí, sossega, que teu prazer é esse e fim! É a mãe que dá, mas não recebe, muito semelhante àquelas que dão mamadeira e chupeta a perder de vista. No fundo livram-se de uma atenção real que a criança requer e é muito mais elaborada do que apenas ser amamentada.
Tratada dessa forma a criança maior começa a sentir-se traída e inicia protestos, como eles não funcionam, ela se submete e conforme desenvolve sua inteligência, passa a brincar de controlar a mãe, pentelhar a mãe cada vez que a vê ocupada. Está feliz e bem atendida uma criança de 3 anos que toda vez que chora ganha peito? Não! Mas ela pára de chorar e pede mamá com mais frequência, estabelecendo um jogo de traição, culpa e sedução com a genitora.
As mães começam a reagir e entram no jogo da raiva, podendo até mesmo estabelecer um desmame abrupto, outras não dão nem ao menos essa opção; apenas colocam o moleque no peito, quando o jogo é manter a simbiose a perder de vista.

Existe data certa para desmamar?
Não, mas existem infinitas datas desde o nascimento que pontuam as capacidades que vão sendo adquiridas pelo bebê. A relação do bebê com o peito pode ser espichada a perder de vista porque a mãe tem esse poder, mas é uma pena que um processo tão belo de simbiose, vínculo reparador para o nascimento e perda do útero se misture tão mal às descobertas que o bebê vai fazendo ao longo de seu desenvolvimento. O desmame é uma fase bonita, longa, prolongada, que pode durar até dois, três anos em movimento constante, educação, orientação, combinados que devem ser respeitados, mas quando desmame significa apenas continuidade da amamentação várias vezes ao dia e a noite inteira, ele deixa de ser processo. É remissão, retenção, falta de confiança na capacidade emocional da criança de se separar um pouquinho só da mãe leiteira para ganhar uma mãe brincante, dona não da criança, mas de seu próprio corpo, respeitadora do corpo, das capacidades de compreensão e da individualidade da criança. Porque a motivação máxima de uma criança entre 2 e 4 anos, a ilusão que deve ser atendida nesse fase, não é mais eu pertenço a você ou você pertence a mim, mas eu sou igual a você e elas vivem repetindo esse mantra em suas palavras: "igal mamãe, igal papai"


Fonte: http://buenaleche-buenaleche.blogspot.com.br/2013/05/teoria-do-apego-no-brasil-o-buraco-de.html?m=1 

quarta-feira, maio 29, 2013

29 de Maio - Dia do Desafio

Driblando o Sedentarismo!

Amanha: Dia do Desafio!


O Dia do Desafio è uma campanha internacional para promover a atividade fisica. 
Nesse dia, 29 de maio de 2013, cidades do mesmo porte (em termos populacionais) competem para ver qual cidade consegue mobilizar o maior numero de pessoas para praticarem 15 minutos de atividade fisica, pelo menos 15 minutos.

Ganha a cidade que mobilizar mais gente, e ganham todas as pessoas que se exercitaram um pouco mais!

Em 2013 a cidade de Sao Paulo (SP) vai competir com Bogotá (Colômbia). 
Em 2012 foram 3 milhoes de habitantes de Sao Paulo que participaram!

Fonte: SESC SP



A cidade de Santos (SP) vai competir com Montes Claros (MG)
Ano passado (2012) 208 mil santistas participaram.

Fonte: SESC SP


O SESC coordena as atividades do Dia do Desafio no Brasil, a pagina com informações completashttp://www.sescsp.org.br/diadodesafio/

Faca 15 minutos de atividade física e registre sua participação pelo 0800 118220.

E aí, vai caminhar 15 minutinhos amanha!?





quarta-feira, maio 15, 2013

Para distrair uma bebê



Minha filha tem 4 meses e gosta de se distrair vendo o movimento das coisas, e tentando pegar o que passa pela frente.

Para ela (e eu) nos distrairmos e não cansarmos de usar sempre os mesmos brinquedos, eu fiz esse penduricalho. Usei várias fitas que tinha em casa e um molde circular, mas você pode fazer com uma colher de pau ou qualquer outra coisa que possa segurar as fitas. O importante è colocar fitas de cores variadas e cores fortes, de preferência.

Minha filha gostou de ficar seguindo as fitinhas pela ar! :)


sábado, maio 11, 2013

Em homenagem às mães!



sexta-feira, maio 10, 2013

Jardinagem - Hortensia


Estou no projeto "Vamos salvar essa planta"


Ganhei esse vaso de flores no meu aniversário de casamento, essas flores não precisam de sol e pedem água todos os dias. Pois bem, deixo o vaso na sombra e lembrei de regar todos os dias, mesmo assim as flores murcharam em 5 dias..... fiquei desapontada com minha habilidade de jardinagem e estou decidida a ressuscitar essa mudinha.

Tirei essa foto dia 29 de abril (2013) e vamos acompanhando agora como essa muda ressuscita.
Por um dia eu Ignorei as instruções da floricultora e deixei o vaso ao sol, ledo engano, a bichinha ficou seca além de murcha. Então, agora, voltei o vaso para o sombra e bora ver o que mais dá pra fazer.

Se as Coisas Fossem Mães


Pra entrar no clima de Dias das Mães:

Se as Coisas Fossem Mães


"Se a lua fosse mãe, seria mãe das estrelas.

O céu seria sua casa, casa das estrelas belas.


Se a sereia fosse mãe, seria mãe dos peixinhos.
O mar seria um jardim e os barcos seus carrinhos.


Se a casa fosse mãe, seria a mãe das janelas.
Conversaria com a lua sobre as crianças estrelas


Falaria de receitas, pastéis de vento, quindins.
Emprestaria a cozinha pra lua fazer pudins !!!!


Se a terra fosse mãe, seria a mãe das sementes.
Pois mãe é tudo que abraça, acha graça e ama a gente.


Se uma fada fosse mãe, seria a mãe da alegria.
Toda mãe é um pouco fada...
Nossa mãe fada seria.



Se a bruxa fosse mãe, seria uma mãe gozada;
Seria a mãe das vassouras, da família vassourada.



Se a chaleira fosse mãe, seria a mãe da água fervida,
Faria chá e remédio para as doenças da vida.



Se a mesa fosse mãe, as filhas, sendo cadeiras,
Sentariam comportadas, teriam boas maneiras.



Cada mãe é diferente:

Mãe verdadeira ou postiça, mãe-vovó, mãe titia,

Maria, Filó, Francisca, Gertrudes, Malvina, Alice,

toda mãe é como eu disse.






Dona Mamãe ralha e beija, erra, acerta, arruma a mesa,
Cozinha, escreve, trabalha fora,


Ri, esquece, lembra e chora,
Traz remédio e sobremesa...


Tem até pai que é "tipo-mãe"...

Esse, então, é uma beleza!"




Do livro "Se as coisas fossem mãe", Sylvia Orthof.

quarta-feira, maio 08, 2013

Ser Mãe em Sao Paulo

A prefeitura da cidade de Sao Paulo se uniu a diferentes ONGs e projetos de apoio a maternidade e amamentação e, nos dias 10, 11 e 12 de maio,  vão fazer um grande e lindo evento em comemoração ao dia das mães, no vale do Anhangabaù, o SER MÃE EM SÃO PAULO.

Para mim esse dia fica mais que especial nesse ano, è meu primeiro dia das mães como mãe e è meu aniversário...tudo junto e misturado!!!

Serão atracões musicais, atividades esportivas, rodas de conversa entre mães, oficinas, feira gastronômica  brincadeiras, etc. 

Na sexta-feira, dia 10 de maio, tem:
INFORMAÇÕES SOBRE ATIVIDADE FÍSICA
GRUPO PERCUSSÃO FEMININO: ILÙ OBÀ DI MIN
QUARTETO DO PROJETO DE MUSICALIZAÇÃO DA FUNDAÇÃO BACHIANA
ORIENTAÇÃO SOBRE A LEI Mª DA PENHA
CADASTRAMENTO PARA PROGRAMAS SOCIO-ASSISTENCIAIS
INFORMAÇÕES SOBRE O TESTE DO PEZINHO
INFORMAÇÕES SOBRE O “ALÔ MÃE”
OFICINA: CUIDADOS COM A PELE DA GESTANTE
TESTES DE HIV E SÍFILIS
OFICINA DE SAÚDE BUCAL
ORIENTAÇÃO SOBRE ADOÇÃO
CONFORTO DO BEBÊ
INFORMAÇÕES, ORIENTAÇÃO E ATENDIMENTO DA SAÚDE


No sábado, dia 11 de maio, tem:
SER MÃE TRABALHADORA EM SP
DIREITOS SEXUAIS E REPRODUTIVOS
ALONGAMENTO
DANÇA MATERNA com TATIANA TARDIOLI
GINÁSTICA SENIOR
DANÇA DE SALÃO
CANTO DAS CRIANÇAS DA EMEI ARMANDO ARRUDA PEREIRA
MAMULENGO
APRESENTAÇÃO DAS CRIANÇAS DO CEI MONUMENTO
BALLET ASSOCIAÇÃO FERNANDA BIANCHINI
SHOW DE TULIPA RUIZ, COM PARTICIPAÇÃO DE TIÊ
ORIENTAÇÃO SOBRE A LEI Mª DA PENHA
OFICINA COMPARTILHAMENTO DO TRABALHO DOMÉSTICO E CUIDADOS
TAI CHI E PRÁTICAS ALTERNATIVAS
MALA DE LETRINHAS e OFICINA DE CARTONAGEM
FEIRA DE TROCA DE LIVROS E GIBIS
OFICINA DE LEITURA BIBLIOTECA MONTEIRO LOBATO
OFICINA: SAÚDE DA MULHER
OFICINA SOBRE ALEITAMENTO MATERNO
ORIENTAÇÃO SOBRE ADOÇÃO
CONFORTO DO BEBÊ
CADASTRAMENTO PARA PROGRAMAS SOCIO-ASSISTENCIAIS
RODA DE CONVERSA DE GESTANTES E MÃES
INFORMAÇÕES, ORIENTAÇÃO E ATENDIMENTO DA SAÚDE
PROJETO SARAU
CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS
SLINGADA - GRUPO SAMPA SLING
RODA DE CONVERSA SOBRE AMAMENTAÇÃO
SENSIBILIZAÇÃO SONORO MUSICAL
OFICINA DE BONECAS
BRINQUEDOTECA E ATIVIDADES PARA CRIANÇAS
FEIRA GASTRONÔMICA
TÊNIS DE CAMPO - APRENDA A JOGAR TÊNIS

No domingo, dia 12 de maio, tem:
PEDALADA NO CENTRO HISTÓRICO DE SÃO PAULO 


As informações e a programação completa estão nesse link: http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/subprefeituras/se/noticias/index.php?p=37678

Bloquinho FOFO!


Olha que ideia legal de lembrancinha: um bloquinho de anotações feito com um CD usado e tecidos. 

Ganhei de uma amiga e adorei! Obrigada Tàrcia!  :)

Voce recicla material, faz trabalho manual e agrada alguém ao mesmo tempo.


segunda-feira, maio 06, 2013

Brinquedos de garrafa PET

Faz um tempão, fui visitar a CIA DOS BICHOS, uma fazendinha muito legal para levar crianças.

Eles tinham uma oficina para criar brinquedos com garrafas PET, eu que adoro artesanato, trabalhos manuais e ideias de reciclagem, adorei a ideia, foram esses brinquedos que eles criaram:









sábado, maio 04, 2013

Maminha na Cerveja - Vi na Ana Maria Braga



Numa das raras vezes que assisti o programa da Ana Maria Braga, vi ela fazer essa receita e gostei da ideia, usar cerveja nos pratos não è muito a minha cara, mas resolvi fazer. Ficou muito bom!

Ingredientes:
1 pedaço de maminha
meia lata de molho de tomate (eu fiz molho caseiro)
1 pacote de creme de cebola
1 cerveja preta em lata
2 dentes de alho

Preparo:
Na panela de pressão, dourar todos os lados da maminha no alho, adicionar o creme de cebola e a cerveja, tampar e deixar por 30 minutos após pegar pressão.

Pronto, só isso!

Você pode adicionar cenouras ou batatas se quiser.